Pteridófitas

Pteridófitas são plantas vasculares caracterizadas pela ausência de sementes. São comumente encontradas em lugares úmidos. Samambaias e avencas são exemplos de pteridófitas.
Samambaias são exemplos de pteridófitas.
Samambaias são exemplos de pteridófitas.
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As pteridófitas são as plantas vasculares sem sementes, e representam o primeiro grupo de plantas a apresentarem sistema vascular. O aparecimento dessa característica impulsionou a conquista do ambiente terrestre pelas plantas e intensificou sua independência da água para a reprodução. Apesar disso, as pteridófitas não apresentam sementes e, portanto, o gameta ainda depende da água para a reprodução.

Os representantes mais comuns das pteridófitas são as samambaias e as avencas, que estão presentes em nosso dia a dia há muitos anos, seja nas ruas, em parques ou dentro de casa, funcionando como ornamentos para ambientes internos e externos. Além das samambaias e as avencas, os licopódios e cavalinhas são outros representantes do grupo das pteridófitas.

Leia também: Como ocorre a germinação das sementes

Resumo sobre pteridófitas

  • As pteridófitas são plantas vasculares sem sementes.
  • As samambaias, avencas, cavalinhas e licopódios compõem o grupo das pteridófitas.
  • As pteridófitas habitam principalmente ambientes úmidos e sombreados.
  • Os filos Lycopodiophyta e Monilophyta agrupam os representantes atuais de pteridófitas.
  • As pteridófitas se reproduzem de forma assexuada, por brotamento, e sexuada.
  • O ciclo de vida das pteridófitas envolve a alternância de gerações.
  • O esporófito é a fase dominante.
  • As pteridófitas possuem importância ecológica e econômica.

O que são pteridófitas?

As pteridófitas são as plantas vasculares sem sementes. Esse grupo representa as primeiras plantas vasculares a surgirem dentro da história evolutiva, isto é, as primeiras plantas com vasos condutores, o xilema e o floema. As pteridófitas estão presentes no nosso dia a dia e são comumente encontradas nas ruas, parques e jardins.

Entre as pteridófitas mais conhecidas estão as samambaias e as avencas, que são muito utilizadas como plantas ornamentais para ambientes internos e externos. As samambaias e as avencas aguçam o interesse das pessoas por possuírem uma folhagem verde exuberante, mas ao mesmo tempo delicada, agrupada de forma densa.

A presença dessas plantas dentro de casa contribui para tornar o ambiente mais agradável e aconchegante, ajudando a regular a temperatura do ambiente.

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Quais são as principais características das pteridófitas?

As pteridófitas são o primeiro grupo de plantas a apresentarem vasos condutores, isto é, xilema e floema. O surgimento dessa característica impulsionou a conquista do ambiente terrestre pelas plantas e sua independência da água. Apesar disso, as pteridófitas não formam sementes, e o gameta ainda depende da água para a reprodução. Por esse motivo, as pteridófitas são encontradas em ambientes úmidos e sombreados, que favorecem a presença de água constante para que a reprodução aconteça.

Avencas, exemplo de pteridófitas.
Assim como as samambaias, as avencas são usadas como plantas ornamentais.

As sementes são uma novidade evolutiva que aparecerá apenas nas gimnospermas. As pteridófitas, por sua vez, se reproduzem a partir de esporos, localizados em estruturas denominadas esporângios.

As pteridófitas, diferentemente das briófitas, apresentam raiz, caule e folha verdadeiros. As raízes fixam a planta no solo e absorvem nutrientes e água. O caule estabelece a conexão entre as raízes e as folhas, além de apresentar os vasos condutores que conduzem a seiva bruta e a seiva elaborada por todas as partes da planta. As folhas, por sua vez, são as principais estruturas relacionadas com a fotossíntese.

Veja também: Principais características das angiospermas

Habitat das pteridófitas

As pteridófitas ocupam uma variedade de hábitats, mas são mais comumente encontradas em ambientes úmidos, onde existe abundância de água e matéria orgânica no solo. São encontradas em florestas tropicais, temperadas e subtropicais, ocupando áreas sombreadas, ao longo de rios e lagos.

Classificação das pteridófitas

As pteridófitas são classificadas em cinco filos, sendo três extintos:

  • Filo Rhyniophyta: grupo formado pelas primeiras plantas vasculares conhecidas, que surgiram há pelo menos 425 milhões de anos.
  • Filo Zosterophyllophyta: surgiram há aproximadamente 408 milhões de anos.
  • Filo Trimerophytophyta: plantas maiores e mais complexas que as riniófitas e zosterofilófitas, surgiram há cerca de 395 milhões de anos.

Já os filos que apresentam representantes atuais, isto é, que não foram extintos e são encontrados nos dias de hoje, são os seguintes:

  • Filo Lycopodiophyta: formado por aproximadamente 1.200 espécies atuais, seus representantes são as licófitas, plantas herbáceas não lenhosas. As licófitas são divididas em três famílias:
    • Lycopodiaceae (à qual pertencem os licopódios);
    • Selaginellaceae (à qual pertencem as Selaginella);
    • Isoetaceae (à qual pertence o gênero Isoetes).
A Selaginella lepidophylla, também conhecida como planta da ressurreição, é uma pteridófita da família Selaginellaceae.
A Selaginella lepidophylla, também conhecida como planta da ressurreição, é uma pteridófita da família Selaginellaceae.
  • Filo Monilophyta: formado pelas samambaias e cavalinhas, que se dividem em quatro linhagens:
    • Psilotopsida;
    • Marattiopsida;
    • Polypodiopsida;
    • Equisetopsida.

Monilophyta é o maior grupo de plantas depois das angiospermas, com cerca de 11.000 espécies.

As cavalinhas são pteridófitas pertencentes ao filo Monilophyta.
As cavalinhas são pteridófitas pertencentes ao filo Monilophyta.

Reprodução das pteridófitas

A reprodução das pteridófitas depende da água para acontecer, uma vez que os gametas masculinos, flagelados, deslocam-se através do batimento dos flagelos em direção ao gameta feminino, ocorrendo assim a fecundação e a formação de um novo indivíduo. Ainda, as pteridófitas podem se reproduzir de forma assexuada por brotamento. Saiba mais sobre esse tópico clicando aqui.

Ciclo de vida das pteridófitas

O ciclo de vida das pteridófitas varia de grupo para grupo, mas, de forma geral, envolve a alternância de gerações, que se baseia na formação do gametófito e do esporófito de maneira cíclica. Diferentemente do que acontece nas briófitas, nas pteridófitas o esporófito é de vida livre, sendo mais proeminente que o gametófito.

Ciclo de vida de uma pteridófita.
Ciclo de vida típico de uma samambaia.

Tendo como base o ciclo de vida de samambaias homosporadas (isto é, que produzem esporos que dão origem a gametófitos bissexuados), o gametófito se desenvolve em uma estrutura chamada protalo, que possui diversos rizoides na superfície inferior. No protalo, os anterídios e os arquegônios se desenvolvem e produzem os gametas.

Os anterozoides, gametas masculinos, necessitam da água para fecundar o gameta feminino. Após a fecundação, o esporófito desenvolve-se rapidamente e se torna uma planta adulta independente.

Soros e esporos na folha de uma pteridófita.
Os soros, localizados na porção inferior da folha, são um agrupamento de esporângios que produzem esporos.

Na face inferior das folhas da planta adulta desenvolvem-se os esporângios, em agrupamentos denominados soros, que são “bolinhas” com coloração amarela, alaranjada ou preta que se situam na face inferior da folha. Nos esporângios, os esporos são produzidos por meiose e liberados para o ambiente onde originarão um novo gametófito, reiniciando o ciclo.

→ Videoaula sobre o ciclo de vida das pteridófitas

Importância das pteridófitas

As pteridófitas são importantes em diversos aspectos. Na natureza, representam uma parte importante da diversidade de plantas e desempenham papel significativo na manutenção das relações ecológicas entre os seres vivos. As pteridófitas são organismos produtores e, assim como outras plantas, são a base da cadeia alimentar de diversos organismos.

Além disso, podemos citar a estabilização dos solos como um aspecto importante desempenhado pelas pteridófitas, uma vez que apresentam raízes fibrosas capazes de prevenir a erosão dos solos. Também são fonte de abrigo e alimento para várias espécies animais, além da sua importância econômica para os seres humanos.

Diferenças entre pteridófitas e briófitas

As pteridófitas apresentam especializações morfológicas e fisiológicas que geram a diferenciação do corpo da planta em órgãos propriamente ditos, as raízes, caules e folhas. Nas pteridófitas, as células estão organizadas em tecidos que formam o sistema dérmico, que reveste a planta externamente; o sistema vascular, formado pelos vasos condutores (xilema e floema); e o sistema fundamental, onde se encontra imerso o sistema condutor.

As pteridófitas também possuem a capacidade de sintetizar lignina, o que confere maior resistência às paredes celulares e maior sustentação às plantas, permitindo que atinjam estaturas maiores. As briófitas apresentam gametófito dominante e de vida livre, que geralmente é a geração mais proeminente, enquanto as pteridófitas apresentam esporófito dominante e de vida livre, que é mais proeminente que o gametófito.

Saiba mais: Como ocorre a reprodução das briófitas

Exercício resolvido sobre pteridófitas

(Unesp) A uma pessoa que comprasse um vaso de samambaia em uma floricultura e pretendesse devolvê-lo por ter verificado a presença de pequenas estruturas escuras, dispostas regularmente na face inferior das folhas, você diria que:

A) A planta, com certeza, estava sendo parasitada por um fungo.

B) A planta necessitava de adubação, por mostrar sinais de deficiências nutricionais.

C) A planta tinha sido atacada por insetos.

D) As pequenas estruturas eram esporângios reunidos em soros, os quais aparecem normalmente durante o ciclo da planta.

E) A planta se encontrava com deficiências de umidade, mostrando manchas necróticas nas folhas.

Resolução: D

Justificativa: Os soros são “bolinhas” situadas na face inferior das samambaias e são formados por um agrupamento de esporângios que produzem os esporos da planta.

Fontes

RAVEN, Peter H.; EVERT, Ray F.; EICHHORN, Susan E. Biologia vegetal. In: Biologia vegetal. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014.

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Pteridófitas: introdução às traqueófitas. Sistema e-Disciplinas: USP, 2023. Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/7644294/mod_resource/content/1/Aula3_Pterid%C3%B3fitas.pdf

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