Charles Darwin

Charles Darwin foi um naturalista cujos trabalhos realizados, como “A Origem das Espécies”, foram essenciais para a compreensão do processo de evolução das espécies.
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Charles Darwin (1809-1882) nasceu em Shrewsbury, no oeste da Inglaterra, e tornou-se um dos grandes nomes da ciência mundial pela sua obra revolucionária, “A Origem das Espécies”.

Leia também: Lamarkismo: outra teoria a respeito da evolução das espécies

Biografia de Charles Darwin

  • A infância e adolescência de Darwin

Charles Robert Darwin nasceu em 12 de fevereiro de 1809 em Shrewsbury, na Inglaterra. De família tradicional, seu avô paterno, Erasmus Darwin, deixou extensa obra sobre história natural e evolução, o que acabou por influenciar Charles. Seu pai, Robert Darwin, foi um importante médico. Com seu irmão, Erasmus, Charles montou um laboratório de química, onde aprendeu um pouco sobre metodologia científica, além de manusear instrumentos laboratoriais.

Charles Darwin, autor da obra “A Origem das Espécies”.
Charles Darwin, autor da obra “A Origem das Espécies”.

Desde pequeno teve interesse em colecionar objetos, como selos, conchas, pedras, entre outros. A sua educação até os oito anos de idade ficou a cargo de suas irmãs, em seguida, iniciou na escola regular. Aos 16 anos, seu pai enviou-o à escola de medicina.

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  • Formação de Charles Darwin

Charles foi enviado por seu pai à Universidade de Edinburg, mas ele não gostava do curso de medicina. Entretanto, o tempo nessa universidade foi importante para Charles ter contato com áreas que realmente o interessavam. Lá ele aprendeu taxidermia, um pouco de geologia e conheceu mais sobre as obras de seu avô e suas ideias sobre a evolução, aumentando, assim, o gosto por história natural.

Ele abandonou o curso de medicina tempos depois e retornou para casa. Seu pai resolveu, então, enviá-lo a Cambridge para estudar artes e se formar clérigo da Igreja Anglicana. Charles passou a aprofundar também seus estudos em história natural. Nesse período, conheceu o naturalista Jonh Stevens Henslow e passou a frequentar os cursos ministrados por ele.

Após concluir seus estudos, Henslow indicou-o ao capitão Robert Fitz Roy para que o acompanhasse em uma viagem ao redor do mundo, na qual Charles pagaria suas despesas e faria companhia ao capitão. Essa viagem realizou-se a bordo do barco HMS Beagle.

Em 1831, Charles Darwin embarcou no HMS Beagle em uma viagem que duraria cinco anos e seria essencial para a elaboração de sua teoria sobre a evolução. [1]
Em 1831, Charles Darwin embarcou no HMS Beagle em uma viagem que duraria cinco anos e seria essencial para a elaboração de sua teoria sobre a evolução. [1]
  • A viagem do Beagle

Em dezembro de 1831, na Inglaterra, Charles Darwin embarcou no HSM Beagle. Durante a viagem, Charles fez observações e coletou diversos materiais, como fósseis, animais e plantas, principalmente na América do Sul, onde ficou a maior parte do tempo de toda a viagem em terra.

Na América do Sul, passou por países como Brasil e Argentina. Charles aproveitou para aumentar seus conhecimentos também em geologia, aproveitando para ler o livro “Princípios de geologia” (Principles of Geology de Charles Lyel).

Em Galápagos, um arquipélago vulcânico próximo ao Equador, Charles Darwin encontrou uma grande diversidade de animais e fez uma grande coleta de material, o que foi útil para o desenvolvimento de sua teoria da evolução das espécies pela seleção natural, anos mais tarde. A viagem a bordo do HMS Beagle chegou ao fim em outubro de 1836.

  • Casamento de Charles Darwin

Emma, esposa de Darwin.
Emma, esposa de Darwin.

Charles Darwin casou-se com sua prima Emma Wedgwood no ano de 1839, com a qual teve dez filhos. Por ser casado com sua prima, Darwin tinha uma preocupação recorrente com a saúde de seus filhos. Ele temia que os filhos pudessem apresentar algum problema genético em razão da endogamia (casamento entre parentes). Alguns estudos mostram, inclusive, que a morte de alguns dos filhos de Darwin antes dos dez anos de idade e a infertilidade de outros possam estar relacionadas à endogamia.

  • Morte de Charles Darwin

Darwin faleceu em 19 de abril de 1882 e está enterrado na abadia de Westminster, em Londres.

Seleção Natural

Durante a viagem no HMS Beagle, Charles Darwin fez diversas observações e coletou uma imensa quantidade de material. Analisando essas observações e materiais, percebeu que as adaptações ao ambiente são processos intimamente ligados ao surgimento de novas espécies.

Indivíduos que apresentam características favoráveis à sua permanência no ambiente têm a capacidade de se reproduzir mais que outros. Isso acontece porque esses seres vivos acumulam pequenas modificações ao longo do tempo, por meio de um processo lento e gradual, que podem ser preservadas ou destruídas. Darwin chamou a preservação dessas diferenças e variações individuais favoráveis, assim como a destruição das variações prejudiciais, de seleção natural.

Acesse também: Darwinismo: a teoria que resultou da viagem de Darwim pelo mundo

A origem das espécies

Durante muito tempo, Darwin ficou receoso de publicar os resultados de seu trabalho. Ele acreditava que suas conclusões necessitavam de mais suporte em razão da grande repercussão que poderia ter. No entanto, em 1958, Darwin recebeu uma carta juntamente a um manuscrito do naturalista inglês Alfred Russel Wallace.

Darwin percebeu que Wallace havia chegado às mesmas conclusões que ele. Diante dessa situação, amigos de Darwin, como Charles Lyel, propuseram que Darwin e Wallace apresentassem seus resultados em conjunto.

Assim, em julho de 1958, Charles Lyel e Joseph Dalton Hooker apresentaram, na Sociedade Lineana de Londres, o manuscrito de Wallace e um apontamento de Darwin, assim como fragmentos de uma carta que Darwin havia enviado ao botânico estadunidense Asa Gray contendo a parte fundamental de sua teoria da seleção natural.

Após a apresentação, esse material também foi publicado em uma revista da Sociedade Lineana. Em seguida, Charles Darwin decidiu concluir seu trabalho e publicou, no ano seguinte, seu livro “Origem das Espécies por Meio da Seleção Natural ou a Preservação de Raças Favorecidas na Luta pela Vida”, que depois acabou abreviado para “A Origem das Espécies”.

Charles Darwin deixou, além de “A origem das Espécies”, inúmeras outras obras, como “A Descendência do Homem”, “A Viagem do Beagle”, “O Poder do Movimento das Plantas”, entre outras.

Créditos das imagens

[1] bumihills / Shutterstock

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