Ebola

A doença viral ebola é, na maioria das vezes, fatal, sendo transmitida pelo contato com fluidos corporais da pessoa contaminada.
O ebola é um dos vírus mais fatais do mundo
O ebola é um dos vírus mais fatais do mundo
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A doença viral ebola está entre as mais mortais de todo o mundo. Estima-se que ela seja capaz de matar cerca de 90% de todos os pacientes que a contraem, por isso é tão temida.

Um vírus da família Filoviridae, que é transmitido pelo contato com fluidos corporais de pessoas doentes, tais como saliva, suor, vômito, leite materno e sêmen, é o responsável pela transmissão da enfermidade. O contágio ocorre apenas quando o paciente apresenta os sintomas, entretanto, as secreções podem conter o vírus até mesmo após a morte do acometido. Esse é um dos motivos pelos quais pessoas são contaminadas após enterros de amigos e parentes. Outro ponto importante é que, mesmo após o paciente ter sido curado, o vírus sobrevive no sêmen por até sete semanas.

Existem cinco subtipos de vírus da doença: Bundibugyo, Costa do Marfim, Reston, Sudão e Zaire. Eles receberam esse nome de acordo com o local em que foram descritos. A letalidade da doença está diretamente relacionada com o subtipo de vírus contraído, sendo a estirpe Ebola Zaire a mais mortal.

Os sintomas podem iniciar até 21 dias após a transmissão, são bastante inespecíficos e, portanto, podem retardar o diagnóstico. Dentre os principais sintomas, destacam-se febre alta, cansaço, dores de cabeça, abdominais e musculares; dor de garganta, conjuntivite, vômito, diarreia e hemorragias internas e externas. A morte normalmente acontece em decorrência das hemorragias e da falência múltipla dos órgãos.

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Até o momento não existem tratamentos específicos e nem formas eficientes de cura. Em muitos lugares do mundo, no entanto, estão sendo realizadas pesquisas para a liberação de algumas drogas. Para o tratamento, atualmente os médicos tentam apenas aliviar os sintomas. Normalmente o indicado é realizar a hidratação do paciente, controlar a febre e a dor e manter a pressão sanguínea e os níveis de oxigênio nos valores adequados. Apesar de ser uma doença de difícil cura, muitos pacientes conseguem se ver livres do vírus ebola e ter novamente uma vida normal.

Um ponto importante no que diz respeito ao tratamento do doente é o risco de transmissão da doença para os profissionais de saúde. Qualquer profissional que precise entrar em contato com o doente, que fica isolado, deve usar roupas especiais, luvas, máscaras e óculos de proteção adequados. O uso inadequado dessas vestimentas é responsável pela infecção de diversos profissionais. Além disso, o momento de retirada do traje é essencial, pois o agente de saúde está lidando diretamente com material contaminado. Normalmente os trajes são retirados com a ajuda de outro profissional.

Curiosidade: O maior surto de ebola aconteceu em 2014, quando países africanos foram seriamente atingidos pela epidemia. Até outubro de 2014 a epidemia já havia levado à morte mais de 3.439 pessoas e 7.492 casos haviam sido registrados.


Por Ma. Vanessa dos Santos