Sífilis

A sífilis é uma doença transmitida por contato sexual com pessoa contaminada e por via transplacentária.
A sífilis é uma doença transmitida pela bactéria Treponema pallidum
A sífilis é uma doença transmitida pela bactéria Treponema pallidum
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A Sífilis é uma doença infecciosa transmitida por uma bactéria da família Treponemataceae que recebe o nome de Treponema pallidum. Pode acometer praticamente todos os sistemas do corpo humano, sendo que as lesões na mucosa e pele são características dessa patologia.

A sífilis pode ser transmitida de duas formas: pela via sexual e verticalmente. Pela via sexual (sífilis adquirida), ocorre quando uma pessoa tem uma relação sexual desprotegida com alguém infectado. Quando a transmissão é vertical (sífilis congênita), ocorre através da placenta da mãe para o feto durante a gestação ou então durante o parto. Vale destacar que a sífilis também pode ser transmitida por objetos contaminados e por transfusão de sangue contaminado, o que é bastante raro nos dias atuais.

A doença manifesta-se de maneira distinta de acordo com a fase em que se encontra, podendo ser classificada em sífilis primária, secundária e terciária. Existe ainda a sífilis latente, que é quando a doença se encontra em período de latência.

Na sífilis primária, ocorrem lesões denominadas de cancro duro ou protossifiloma. Geralmente é uma lesão única, que não causa dor ou coceira, apresenta base endurecida e surge no local da inoculação. Normalmente ocorre na região genital, porém pode ser formada no ânus, boca, língua e até na região mamária. É comum que o cancro desapareça dentro de quatro a cinco semanas. Algumas vezes, o cancro pode ser acompanhado da presença de gânglios.

A sífilis secundária inicia-se após um período de latência de tempo variado, normalmente de seis a oito semanas. Nesse momento há o acometimento da pele e de alguns órgãos internos. Na pele, geralmente, ocorre a formação de manchas avermelhadas, conhecidas como roséola sifilítica. As máculas surgem em surtos que acabam depressa, sendo comum que elas apareçam na região das palmas das mãos e plantas dos pés. Além das lesões na pele, podem ocorrer redução de cabelo, perda de cílios e da sobrancelha. Acompanhando essas características, o paciente pode sentir mal-estar, dores de cabeça, rouquidão, faringite, entre outros sintomas.

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Com o tempo, os surtos da sífilis secundária desaparecem e, normalmente, um terço dos acometidos pela doença apresenta cura, a outra parte continuará portando a doença, porém sem sintomas. Existem ainda grupos que manifestarão a terceira fase da doença, a sífilis terciária.

Na sífilis terciária, que pode demorar até mais de 10 anos para se manifestar, surgem lesões que acometem a pele, mucosa, sistema nervoso (neurossífilis) e cardiovascular (sífilis cardiovascular). Em alguns casos também se desenvolve nos ossos, músculos e fígado. Caracteriza-se principalmente pela formação de granulomas destrutivos e pouca quantidade de treponemas. Geralmente as lesões apresentam-se solitárias ou em pequenas quantidades.

Na sífilis congênita, a transmissão ocorre da gestante infectada para o bebê por via transplacentária. Em geral, a transmissão é maior na fase primária da infecção. A doença pode levar a criança a óbito, e as que nascem com a patologia comumente são assintomáticas ao nascer. Quando a sífilis se manifesta nos dois primeiros anos, há a sífilis congênita precoce; quando ocorre após esse período, há a sífilis congênita tardia.

A doença pode ser diagnosticada através de exames laboratoriais, e o tipo de teste dependerá da fase em que a doença se encontra. O tratamento atualmente é feito, na maioria das vezes, com a administração de penicilina, entretanto, o medicamento ideal é recomendado pelo médico. É extremamente importante que durante o tratamento o paciente não tenha relação sexual.

A melhor forma de se evitar a sífilis é o uso de preservativos em todas as relações sexuais. No que diz respeito à sífilis congênita, as mulheres e seus parceiros devem realizar exames a fim de excluir a possibilidade de serem portadores da doença.


Por Ma. Vanessa dos Santos


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