Codominância

A codominância é um tipo de interação em que os dois alelos que condicionam uma determinada característica expressam-se.
O sistema ABO é um exemplo clássico de codominância
O sistema ABO é um exemplo clássico de codominância
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Sabemos que cada característica do nosso corpo é condicionada por dois alelos, um proveniente do pai e outro da mãe. O que se espera normalmente é que exista uma relação de dominância entre eles, ou seja, que existam alelos dominantes e recessivos. Algumas vezes, no entanto, isso não acontece, e os dois alelos acabam contribuindo para a formação do fenótipo.

Na codominância, há alelos em heterozigose que são ativos e independentes um do outro. Nesse caso é formado um fenótipo que apresenta características encontradas nos outros dois fenótipos homozigotos. Vale ressaltar, no entanto, que não é formado um fenótipo intermediário, e, nesse caso, os dois alelos expressam-se integralmente

O exemplo mais clássico de codominância é aquele encontrado no sistema ABO. Nesse sistema, há três alelos envolvidos (IA, IB e i) que são responsáveis por determinar os grupos sanguíneos A, B, AB e O. Observe a seguir o genótipo e seu respectivo tipo sanguíneo:

IAIA e IAi – Sangue tipo A.

IBIB e IBi – Sangue tipo B.

IAIB – Sangue tipo AB.

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ii – Sangue tipo O.

O alelo IA e IB são dominantes, enquanto o alelo i é recessivo. O curioso nesse sistema é que, em um mesmo indivíduo, quando encontramos os alelos IA e IB, eles não exercem dominância um sobre o outro. Nesse caso, ambos se manifestam e geram um fenótipo conhecido como AB.

O gado shorthorn apresenta três tipos diferentes de pelagem: vermelha, branca e rosilha
O gado shorthorn apresenta três tipos diferentes de pelagem: vermelha, branca e rosilha

Outro exemplo de codominância pode ser observado no gado shorthorn, que apresentam pelagem vermelha, branca e rosilha, também chamada de ruão. Os indivíduos heterozigotos apresentam uma pelagem com uma coloração formada pela mistura de pelos brancos e vermelhos (rosilha). É importante ressaltar que, nesse exemplo, não há um fenótipo intermediário, e sim dois pelos diferentes em um mesmo indivíduo.

Atenção! É importante não confundir codominância com dominância incompleta. Na dominância incompleta, forma-se um fenótipo intermediário.


Por Ma. Vanessa dos Santos

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