Os répteis são animais vertebrados e o primeiro grupo a conquistar o ambiente terrestre. Muitos são ectotérmicos, a fecundação é interna, e o desenvolvimento, que ocorre dentro de um ovo, é direto. A maioria das espécies é ovípara, entretanto, algumas são ovovivíparas ou vivíparas.
Muitos répteis não apresentam cromossomos sexuais, diferentemente do que ocorre na espécie humana, por exemplo, o que dificulta a determinação do sexo naquele grupo. O conhecimento a respeito da determinação do sexo nesses animais é de extrema importância, pois pode ser utilizado como ferramenta na elaboração de estratégias de conservação das espécies.
→ Determinação do sexo
Estudos mostram que o principal fator atuante no processo de determinação do sexo em répteis é a temperatura à qual os ovos ficam expostos durante o período de incubação. Diante disso, um padrão para esse processo foi elaborado:
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Padrão Ia: padrão observado em tartarugas. Baixas temperaturas produzem indivíduos machos; altas temperaturas, fêmeas;
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Padrão Ib: padrão observado em lagartos e crocodilianos. Baixas temperaturas produzem fêmeas; altas temperaturas, machos;
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Padrão II: padrão observado em todos os grupos de répteis, principalmente em espécies que apresentam uma distribuição geográfica ou quando os ovos são expostos durante o período de incubação a grandes variações de temperatura. Nesse padrão, baixas e altas temperaturas produzem indivíduos fêmeas; temperaturas intermediárias, machos.
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Observa-se que esse padrão de determinação do sexo em répteis ocorre de forma a produzir indivíduos machos e fêmeas e manter uma razão sexual equilibrada. Entretanto, com o aquecimento global, tem ocorrido uma alteração nessa razão, com a maior produção de fêmeas em algumas localidades, o que pode gerar um desequilíbrio nas populações. Outro fator que pode influenciar esse tipo de mudança na razão sexual são alterações nos ninhos que afetem a sua temperatura, como sombreamento, mudança na cor da areia, entre outras. Essas alterações podem ser causadas pela ação antrópica.
Diante disso, faz-se necessária a elaboração de rigorosas leis que busquem limitar o aquecimento global, além de leis que protejam principalmente as áreas de desova desses animais. Atualmente já existe monitoramento para a proteção de áreas de desova de algumas espécies de tartarugas marinhas.
